Os 30 lugares abandonados mais incríveis do mundo
Ruínas, paisagens isoladas e até construções que viraram museus estão na nossa lista.
E se, ao invés de visitar destinos badalados e altamente procurado pelos turistas, você desse uma chance pra lugares abandonados e marcados pelo tempo?
Castelos, aeroportos e até paisagens naturais perigosas, que não podem ser ocupadas pelo homem, podem mudar a sua visão de mundo, além de apresentar uma série de histórias impactantes e outras que podem ser imaginadas livremente. E inclua aqui muito terror, suspense e, por quê não, romance!
Na nossa galeria abaixo, há uma seleção especial com vários lugares abandonados e (quase) esquecidos pelo ser humano e pela natureza. Entre estações ferroviárias ocupadas pelos nazistas na Europa, cidades futurísticas que não deram certo na China e até uma vila engolida por um vulcão na Itália, há experiências que, com certeza, irão marcá-lo pela vida inteira. Divirta-se!
1. Chernobyl, Ucrânia
Chernobyl, Pripyat, Ucrânia Os cenários da cidade ucraniana de Pripyat tornaram-se melancólicos depois do terrível acidente nuclear da usina de Chernobyl, conhecido como o pior da história da humanidade. Em 26 de abril de 1986, uma grande explosão, seguida por um incêndio, impulsionaram a liberação de partículas radioativas na atmosfera, tornando a região extremamente tóxica.
A cidade foi completamente esvaziada e ficou inabitável, gerando consequências graves em alguns de seus herdeiros, como doenças respiratórias e até câncer. Trinta anos depois do desastre, os prédios abandonados da cidade e de seus arredores tornaram-se atrações turísticas. No entanto, é preciso tomar algumas precauções para isso, como não comer ao ar livre, não entrar nas construções e até assinar um termo de responsabilidade
2. O castelo Eilean Donan,na Escócia
Castelo Eilean Donan, Highlands, Escócia Localizado próximo ao vilarejo de Dornie, o castelo fica em uma região cercada por três lagos e várias montanhas. Construída no início do século 13 sob a supervisão do rei Alexander II, a edificação leva em seu nome uma homenagem a Donan de Eigg, um sacerdote e mártir celta que viveu durante o período obscuro da Alta Idade Média e morreu durante uma invasão.
O castelo, aliás, teve suas fortificações erguidas com o objetivo de proteger o território das invasões dos vikings que, naquela época, tomaram uma parte significativa do território da Grã Bretanha. No século 18, a construção foi dominada pelas tropas espanholas e, posteriormente, destruída com a derrota dos mesmos durante o período dos levantes jacobitas.
Restaurado, ele hoje pertence ao clã Macrae, está aberto à visitação e pode ser alugado para eventos e filmagens
3. Auschwitz, Oswiecim, Polônia
Auschwitz, Polônia Os campos de concentração de Auschwitz são considerados como o maior símbolo dos horrores do Holocausto. Ao todo, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram mortas, entre judeus, ciganos e prisioneiros soviéticos dizimados em câmaras de gás ou em decorrência de doenças, fome, trabalhos forçados, execuções e até experiências científicas desumanas.
Para construir o grande complexo, os nazistas destruíram a pequena vila de Birkenau (“floresta de bétulas”, em pootuguês), erguendo diversos alojamentos que abrigavam prisioneiros capturados de diferentes lugares da Europa. Hoje em dia, o lugar tornou-se um museu e é listado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O passeio, apesar de triste, atrai o olhares de turistas curiosos em busca da preservação de objetos pertencentes a homens, mulheres e crianças que passaram pelo local, além de circular pelos seus antigos alojamentos. Por aqui, é possível ver até mesmo mechas de cabelos cortadas de prisioneiros que, posteriormente, seriam executados nas câmaras.
4. Isla de las Muñecas – Mexico
Isla de las Muñecas, México Esse lugar isolado ao sul da Cidade do México atrai olhares com seu cenário peculiar. As diversas bonecas espalhadas por suas árvores possuem origem desconhecida, alimentada por lendas urbanas. Dizem as más línguas que elas foram penduradas por um pescador que, depois de resgatar o corpo de uma menina que morreu afogada, pendurou seu brinquedo como forma de homenageá-la.
Isso bastou para que o homem começasse a ser assombrado com aparições da criança, tomando a atitude desesperadora de pendurar mais bonecas na ilha com a intenção de se libertar do problema. Alguns moradores das redondezas dizem que, na verdade, o cenário foi montado por várias pessoas que passaram pelo local como forma de cultivar o hábito. Se é verdade ou não, o que prevalece é a curiosidade dos visitantes
5. Vista da antiga estação ferroviária de Paranapiacaba, em São Paulo.
Cemitério de Comboios de Paranapiacaba, São Paulo Paranapiacaba, localizada no município de Santo André, ficou popularmente conhecida como “vila inglesa” graças ao seu clima, que inclui a presença de neblinas, suas ruas estreitas e suas pequenas casas de madeira com arquitetura temática, que resultaram em alguns bares, lojinhas e restaurantes.
O que mais atrai os paulistas para o passeio pelo lugar, no entanto, é a estação abandonada que antes pertenceu à empresa ferroviária São Paulo Railway Company no final do século 19. Daqui, é possível avistar a torre do relógio inspirada no Big Ben e passear pelos trens originais da companhia, além de observar vagões que transportaram D. Pedro II durante o período imperial.
O trem que leva até a vila parte da Estação da Luz
6. Igatu (BA)
Vila de Igatu, Bahia A vila de Igatu faz parte do circuito de turismo da Chapada Diamantina e possui várias atrações naturais, como trilhas e mirantes. No entanto, seu casario histórico e de pedra, que lhe conferiram o apelido de “Machu Picchu da Bahia”, é o que mais atrai a atenção dos curiosos. Anteriormente chamada de Xique-Xique, a região possuía uma economia bem movimentada no século 19 graças à exploração de diamantes.
Com o declínio da produção, muitas pessoas ficaram sem esperança e resolveram abandonar suas casas, deixando pra trás construções que se tornariam ruínas. Muitos garimpeiros, em completo estado de desespero, também destruíram ruas inteiras na esperança de encontrar resquícios de diamantes no local.
7. Monte Vesúvio ao fundo, com a cidade de Pompéia, na Itália
Ruínas de Pompeia, Itália No ano 75 d.C, a cidade de Pompeia foi o alvo de um dos maiores acidentes ambientais da história da humanidade. Na ocasião, a região ocupada pelo Império Romano, que possuía pouco mais de 20 mil habitantes e uma forte produção de vinhos e azeites, foi completamente destruída pela intensa chuva de cinzas do vulcão Vesúvio, que entrou em erupção. Durante 1600 anos, a cidade permaneceria oculta, até ser finalmente descoberta por um agricultor em 1748.
O sítio arqueológico foi preservado graças à presença abundante de cinzas e lama, fazendo com que, hoje, o mesmo fosse tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco. Quem passeia pelo lugar, partindo de Nápoles, pode, inclusive, se deparar com esqueletos petrificados e que capturam a exata expressão e posição das pessoas no momento de suas mortes (Divulgação/Divulgação)
8. Castelo da Dona Chica, Braga, Portugal
Castelo da Dona Chica, Braga, Portugal Erguido no início do século 20 pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi, o castelo tem uma arquitetura mista que preserva os traços históricos, neogóticos e românticos de Braga. Localizada no coração da região do Minho, a cidade é popularmente conhecida como a Roma portuguesa graças à sua fundação, feita por romanos, e às suas ruínas. Por outro lado, as atrações seculares, como igrejas, jardins, parques e solários datados do século 18, preservam muito de sua autonomia.
A Dona Chica, que batiza o nome do castelo foi, na verdade, a riquíssima brasileira Francisca Peixoto Rego, que mandou erguer a construção para organizar festas destinadas à Alta Sociedade local. No entanto, as brigas com o marido, na época com o português João José Ferreira do Rego, culminaram no fim do relacionamento e na interrupção das obras. O castelo rústico, que nunca chegou a ser habitado, foi concluído somente em 1991 e hoje encontra-se em completo estado de degradação
9. Bannermans Castle, Ilha Polopel, Nova York
Bannermans Castle, Ilha Polopel, Nova York, Estados Unidos Localizado a 300 metros do Rio Hudson, o castelo foi erguido pelo escocês Frank Bannerman em 1901 com o objetivo de servir como um depósito de armas militares durante a Guerra Civil Americana. Filho de imigrantes escoceses, Bannerman também detinha os direitos da ilha e chegou a morar na propriedade para ampliar a propaganda de seu negócio.
No entanto, a localização estratégica da construção fez com que a mesma fosse alvo de desastres naturais que comprometeram sua estrutura, tais como tempestades e incêndios. O resultado foi que, ao final do ano de 1969, o castelo já se encontrava em estado de deterioração. O que permanece de pé, mesmo depois de invasões e atos de vandalismo, são suas paredes internas. Aos finais de semana, turistas que passam pela região podem sanar sua curiosidade através de visitas guiadas pela propriedade
10. Chaitén, Chile
Vila de Chaitén, Chile Localizada ao sul da região de Los Lagos, banhada pelo Oceano Pacífico e na divisa com a Argentina, a vila de Chaitén enfrentou um episódio traumático: em 2008, o vulcão homônimo entrou em erupção e provocou a evacuação da população local.
A vila acabou sendo transferida junto à localidade de Santa Bárbara, que passou a abrigar seus moradores. A região onde se localizava, a 1200 quilômetros da capital do país, Santiago, hoje enfrenta o status de cidade-fantasma com suas casas destruídas. Isso, é claro, acabou se tornando um impulsionador da curiosidade de turistas que passam pela região e registram seus cenários melancólicos
11. Casa e Museu Salto Del Taquendama, Colombia
Casa e Museu Salto Del Tequendama, Colômbia A região colombiana de Cundinamarca abriga um cenário que mistura belezas naturais e histórias assombradas. As quedas d’água de Salto Del Tequendama, localizadas a 30 quilômetros da capital Bogotá, possuem um entorno bem demarcado por uma intensa vegetação. Em 1928, foi inaugurado o Hotel Del Salto em seus arredores, cujo mirante deixava os hóspedes de frente com a cascata.
O problema foi que a atividade do hotel, juntamente com a da hidrelétrica de El Charquito em suas proximidades, passaram a prejudicar a flora e a fauna local, além de representar uma parcela significativa da poluição de suas águas. E não é só isso: lendas urbanas locais contam que muitos moradores procuravam pela cascata, com quedas de 157 metros de altura, para se suicidar. O hotel acabou fechando as portas e, posteriormente, foi abandonado.
Em 2014, a construção passou a abrigar a Casa e Museu Salto Del Tequendama, focado em biodiversidade, e foi restaurada – sem, no entanto, perder suas características originais e nem a fama de mal assombrada
12. Bodie, California, EUA
Vilarejo de Bodie, Califórnia, Estados Unidos Localizada na região de Serra Nevada, essa pequena vila com clima de Velho Oeste faz parte de um conjunto de mais de seis mil cidades-fantasmas de extrema importância para a cultura nacional. Todas elas, aliás, foram fundamentais para o desenvolvimento da Corrida de Ouro e de metais preciosos no final do século 19. Bodie, em particular, soube preservar suas características mesmo depois do abandono por parte de seus moradores, que deixaram suas casas para trás depois que o comércio e exploração de metais começou a degringolar, e dos atos de vandalismo e incêndios.
As casas de madeira, a decoração e os objetos pessoais da população encontram-se bem preservados e conferiram três títulos de respeito para a vila que, no passado, foi marcada como segundo centro urbano mais importante da Califórnia, atrás somente de Los Angeles: o de Registro Nacional de Lugares Históricos, o de Distrito Histórico Nacional dos Estados Unidos e de Marco Histórico da Califórnia
13. Belchite, Espanha
Cidade Fantasma de Belchite, Espanha Ruínas e cenários de completa devastação são o que marcam o visitante que passa por Belchite, situada a apenas 40 km de Saragoça, capital da comunidade autônoma de Aragão. Entre os dias 24 de agosto e 7 de setembro de 1937, a cidade foi palco de um dos episódios mais devastadores da Guerra Civil Espanhola. Na ocasião, soldados do Exército Republicano tomaram cada uma das casas e provocaram nada menos do que seis mil mortes, em um episódio que ficou conhecido como Batalha de Belchite.
Ao final da guerra, o governo decidiu preservar os cenários de destruição para fazer com que o episódio nunca fosse esquecido, já que muitas famílias ficaram completamente destroçadas com o ocorrido. O resultado foi a criação de uma cidade próxima e com o mesmo nome para abrigar seus sobreviventes. O apelo de cidade fantasma de seu antigo município, no entanto, atrai o olhar curioso dos turistas
14. Chalet da Condessa d´Edla, Sintra, Portugal
Chalé da Condessa d´Edla, Sintra, Portugal Arquitetura eclética e charmosa, jardins bem cuidados e decoração preservada, com pinturas murais e azulejos, estão entre as características principais desse chalé português, que atrai a atenção dos visitantes que passam por Sintra. A cidade, aliás, preserva o clima interiorano e funciona como uma espécie de refúgio de turistas que querem fugir do caos e passear por suas paisagens tombadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Construído na segunda metade do século 19, esse chalé, onde o estilo alpino predomina, pertenceu a D. Fernando II e à sua mulher Elise Hensler, popularmente conhecida como Condessa d’Edla, uma grande amante das artes e das letras que integrou a Companhia de Ópera de Laneuville como cantora e atriz, além de ser fluente em sete idiomas. Na ocasião, o casal usava a propriedade, erguida especialmente para a artista, como uma casa de campo aos finais de semana.
Depois da morte do marido, Elise abandonou Sintra, transferiu todas as propriedades do casal para o Estado e foi viver em Lisboa com a filha, cidade onde viria a falecer
15. Chateau Miranda, Bélgica
Château Miranda, Bélgica Construído em 1866 pelo arquiteto inglês Edward Milner, o castelo neogótico, que também atende pelo nome de Château de Noisy, tinha o objetivo de servir como moradia para o clã francês Liedekerke-Beaufort, que procurava um lugar para fugir durante a Revolução Francesa. Com o falecimento de Edward, a construção ficaria inacabada e sob os cuidados da família até ser invadida por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Nos anos posteriores, a construção teve várias funções distintas, dentre elas: a moradia de empregados de uma empresa ferroviária, colônia de férias e até orfanato. O estado de completo abandono do local começou em 1991, ano em que a família passou a ter dificuldades em manter a propriedade graças aos altos investimentos que a mesma exigia. Posteriormente, o governo belga tentou adquirir a posse do castelo, mas teve o pedido negado pelos herdeiros e hoje encontra-se inabitado e em estado de ruínas.
16. Cidade de Ordos, China
Cidade de Ordos, China Com uma área de mais de 86 mil km2, Ordos ficou conhecida como a maior cidade fantasma do mundo. Fundada em 26 de fevereiro de 2001, ela tinha o objetivo de servir como uma das cidades futurísticas mais impactantes da China.
O problema foi que os altos investimentos desembolsados para a região, projetada para abrigar mais de um milhão de habitantes, sofreu com a falta de verba e por problemas graves em torno dos financiamentos imobiliários. A consequência disso foi que a maior parte dos seus possíveis moradores preferiram migrar para outros centros urbanos, enquanto outros permaneceram em suas residências rurais.
Hoje em dia, boa parte de seus edifícios encontra-se em completo estado de decadência
17. Cidade Fantasma de Craco, Itália
Cidade Fantasma de Craco, Itália As origens da cidade são extremamente antigas: há registros sobre ela datados de VIII a.C., o que se reflete em suas construções e ruínas bem conservadas pelo tempo.
O abandono da região se deu por conta de deslizamentos de terra, visto que a cidade de solo calcário possui uma localização estratégica no topo de uma colina, que fez com que seus antigos moradores deixassem suas casas sob ameaças de soterramento. Sua beleza, no entanto, fez com que ela ficasse sob a mira de turistas curiosos que passam pela província de Matera, onde Craco se localiza, e a colocou na mira de produtores.
Sua paisagens serviram de cenário para vários filmes, como A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, e 007 – Quantum Of Solace
18. Cidade fantasma de Kolmanskop, Namíbia
Cidade Fantasma de Kolmanskop, Namíbia Os desertos africanos possuem um fascínio que desperta a curiosidade dos visitantes, sobretudo o Mar de Areia da Namíbia, tombado pela Unesco em 2013 como Patrimônio Mundial. Foi a areia, aliás, a responsável por engolir as casas construídas na cidade de Kolmanskop.
No início de 1900, a região foi ocupada pelos alemães, que viram nela a chance de enriquecer graças à exploração de diamantes. O excesso da atividade, no entanto, fez com que os minérios sofressem um forte esgotamento. Na década de 1950, o abandono por parte de seus moradores fez com que a constante limpeza da areia insistente que ocupava as suas ruas fosse completamente abandonada.
Hoje, o governo mantém a região habitável para que os turistas curiosos que passeiam por ali possam continuar a explorar a área
19. Dadipark, Dadizele, Belgica
Dadipark, Dadizele, Bélgica “Parque de Terror Belga”ou “Parque das Mortes Misteriosas”. Esses foram os dois apelidos pelo qual o Dadipark ficou conhecido.
Construído em 1950 com o intuito de ser um parque para crianças, esse lugar colorido em Dadizele sofreu com a má administração e a falta de investimentos na segurança de suas instalações. O resultado macabro foi o seguinte: em uma das atrações locais, denominada Nautic Jet, uma criança sofreu um acidente e teve o braço amputado. A notícia fez com que a reputação do parque fosse decaindo até que seu fechamento fosse anunciado em 2002. Desde então, nãou houve nenhuma iniciativa para demolir o local e fazer um novo empreendimento.
Os brinquedos sofreram com o crescimento da vegetação no local e os contantes atos de vandalismo, que perduram até hoje e dão ao lugar a fama de mal assombrado, sobretudo com as lendas urbanas em torno de mortes misteriosas e suicídios que supostamente ocorrem por ali
20. Estação de Comboios de Canfranc, Espanha
Estação de Comboios de Canfranc, Espanha No passado, Canfranc ficou conhecida pela elegância de sua estação de trem, erguida em estilo Art Nouveau em 1928 com o objetivo de ligar o país à França. Tudo mudou durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas invadiram o lugar e o utilizaram para transportar mais de mil quilos de mercadoria, dentre elas o ouro saqueado pelos soldados da Gestapo na Europa.
A Alfândega Internacional da pequena cidade permaneceu sob o domínio de Hitler durante todo o período da guerra. Segundo documentos históricos recentes, integrantes da própria alfândega espanhola ganhavam uma parte do ouro transportado pelos nazistas em troca da utilização da estação. Entre 1950 e 1960, a estação foi novamente tomada pelo governo e operou normalmente.
Seu passado obscuro, no entanto, fez com o interesse do setor de turismo e de negócios diminuísse consideravelmente e impulsionasse o seu total abandono.
21. Fordlandia, Pará
Fordlândia, Pará O objetivo da construção da cidade até que foi nobre: na década de 1920, Henry Ford viu no Brasil um grande potencial de investimento e tentou erguer uma cidade com o propósito de servir aos interesses de sua empresa. A ideia era transformar a região amazônica em uma segunda Detroit, cidade americana onde o automobilismo é a indústria principal.
O problema é que a propriedade adquirida pelo empresário, comprada de um cafeicultor e localizada às margens do Rio Tapajós, ficava localizada em uma região muito montanhosa e que dificultava o cultivo de seringueira, árvore de onde é extraída a matéria-prima da borracha. Somando isso à insatisfação dos trabalhadores, o projeto falhou e foi abandonado. Até hoje, ao passear pela região, o turista pode se deparar com muitas de suas instalações destruídas e consumidas pelo tempo
22. Humberstone, Deserto do Atacama, Chile
Humberstone, Deserto do Atacama, Chile O Deserto do Atacama é, por si só, um destino que atrai a atenção de turistas do mundo inteiro graças às suas paisagens naturais e à curiosidade dos mesmos em relação ao clima, marcado como o mais árido e seco do mundo. A região também ficou conhecida pela antiga fábrica de Humberstone, erguida em 1880 e considerada uma das maiores impulsionadoras da indústria de exploração mineral do país.
Mais de sessenta anos depois, quando a cidade passou a ser abandonada por seus moradores e pelos trabalhadores das salitreiras, a região ficou preservada e funciona como um verdadeiro museu a céu aberto, com casas, objetos e até brinquedos preservados e expostos aos olhos do visitante. Em 2005, a fábrica foi tombada como Patrimônio Mundial da Unesco
23. Ilha de Hashima, Nagasaki, Japão
Ilha de Hashima, Nagasaki, JapãoA história da ilha é marcada por episódios de ascenção e decadência muito intensos. Descoberta em 1887, quando mineradores passaram a viver na região e a trabalhar na indústria, a ilha foi posteriormente descoberta pela empresa Mitsubishi, que construiu edifícios e impulsionou o crescimento da população.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a ilha passou a ser palco de trabalhos forçados. Pra piorar, a indústria do carvão, impulsionadora da economia local, começou a perder espaço no mercado mundial. Em 1974, ela foi completamente evacuada pelo governo e permaneceu fechada por 35 anos. Em 2009, o acesso à ilha foi reestabelecido e ela chegou a ser cenário do filme 007 – Operação Skyfall. Dois anos depois ela foi declarada pela Unesco como Patrimônio Mundial
24. Oradour Sur Glane, França
Oradour-sur-Glane, França”Vila Fantasma da Segunda Guerra Mundial”. Se os calafrios se manifestam só de ler esse nome, imagina só descobrir que essa antiga comuna francesa foi alvo de um dos piores massacres civis do período e o maior já registrado na França? Em 10 de junho de 1944, dias depois do Dia D e do desembarque das tropas aliadas da Normandia, soldados alemães receberam a ordem de se juntar aos seus parceiros de combate na região.
No meio do caminho, um comandante recebeu a informação de que um de seus soldados tinha sido feito refém no meio do caminho, na cidade de Oradour-sur-Glane. Para se vingar, ele ordenou que centenas de homens fossem fuzilados enquanto mulheres e crianças, que eram mantidas isoladas em uma igreja, morriam queimadas em um incêndio provocado pelos nazistas.
Mais de 600 pessoas morreram no local, que hoje encontra-se em ruínas e está exposto à visitação
25. Resort de Sanzhi, Taiwan
Resort de Sanzhi, TaiwanLocalizado em meio a florestas e morros, esse resort futurista de Taiwan foi erguido na década de 1960 com o objetivo de ser um refúgio de paz para turistas em meio à natureza.
O problema foi que, durante sua contrução, vários acidentes ocorreram em suas obras, resultando até em algumas mortes de trabalhadores. A notícia se espalhou pela região e espantou possíveis hóspedes, o que culminou no abandono do projeto.
A fama de mal assombrado ainda perdura no local, já que algumas lendas urbanas e tradições asiáticas impedem que construções ocupadas por espíritos sejam demolidas. O objetivo: os locais e as almas devem ser inteiramente respeitados
26. Tempelhof Airport, Berlim, Alemanha
Tempelhof Airport, Berlim, AlemanhaInaugurado há 96 anos, esse aeroporto já foi considerado um dos mais importantes da capital alemã, ao lado do Aeroporto de Berlim-Tegel e do Aeroporto de Berlim-Schönefeld. Construído em 1923, o local foi marcado como uma oficina de aeronaves, transporte de alimentos e até abrigo dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Suas atividades foram encerradas em 2008, provocando o abandono do local. Dois anos depois, o governo alemão decidiu transformá-lo em parque. Sua estrutura, no entanto, foi preservada e atiça a curiosidade de turistas. Hoje em dia, muitos eventos acontecem por aqui, como a edição de 2015 do Lollapalooza Alemanha
27. Vila de Kayaköy, Turquia
Vila de Kayaköy, TurquiaConstruções históricas bem preservadas e localizadas na beira do mar compõem o cenário dessa pequena vila, localizada na província de Muğla. Entre 1855 e 1856, a cidade foi destruída em decorrência de um terremoto e de um incêndio que prejudicaram boa parte de sua estrutura.
Posteriormente habitada e bem desenvolvida, a região enfrentou episódios impactantes da Guerra Greco-Turca, que acabaram por provocar seu abandono no final da década de 1920. Hoje em dia, ela é visitada exclusivamente por turistas e abriga mais de 500 casas em ruínas e diversas igrejas ortodoxas
28. Vila de Pegrema, Rússia
Vila de Pegrema, RússiaLocalizada às margens do Lago Onega, considerado como o segundo maior da Europa em extensão, atrás apenas do Ladoga, essa pequena vila mais parece uma pequena cidade do interior da Escócia do que uma vila pertencente à Rússia, um país tão cheio de construções imponentes e bem demarcadas pelo passado da União Soviética.
Anteriormente habitada por camponeses, a região é completamente dominada por uma ampla área verde e pequenas casas de madeira, além de abrigar uma igreja intacta datada do ano de 1770. A história conta que a vila foi abandonada durante os conflitos da Revolução Russa, iniciados em 1917 e que espantaram moradores do local
29. Farol em, Aniva Cape, ilha Sakhalin, Rússia
Farol Aniva Cape, Ilha Sakhalin, RússiaCom 948 km de extensão, a Ilha de Sacalina faz fronteira com o Japão e é demarcada por uma cadeia de faróis em praias desabitadas do Império Russo, construídos com o intuito de orientar navegadores do antigo Partido Comunista da União Soviética. Isolado de áreas povoadas, o Farol Aniva fez parte dessas construções erguidas com uma grande importância histórica para o país, mas que hoje encontram-se abandonados pela falta de utilidade. Abandonado depois do colapso da União Soviética, hoje o farol encontra-se em ruínas e sofre com a ação de vândalos.
Mas quem se arrisca por seu interior e pelo aspecto sinistro de suas paredes descascadas e janelas quebradas pode, inclusive, ver documentos esquecidos durante o período e ter uma visão privilegiada do mar
30. Hangzhou Tianducheng, China
Tianducheng, Hangzhou, ChinaTer uma Paris dentro do próprio país é o sonho de muita gente. Visitada por mais de 7 milhões de turistas anualmente, a cidade luz habita o imaginário popular e os sonhos de viajantes do mundo inteiro.
Essa ideia, inclusive, foi a grande impulsionadora da construção da cidade chinesa de Tianducheng. Projetada para abrigar 10 mil moradores, ela possui diversas construções que imitam o estilo europeu e até pontos turísticos famosos da capital francesa, como a Torre Eiffel. A falta de interesse de compradores e até a má administração dos investimentos no local, no entanto, culminaram no status de cidade-fantasma.
Essa, aliás, não é a primeira vez que os chineses tentam copiar uma ideia e se deparam com o abandono delas: em 2013, o governo de Pequim mandou demolir o Wonderland Park, uma réplica da Disney cujo projeto foi abandonado em 1998 e nunca concluído.